quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Pra perder a cabeça, o motivo tem que ser ma-ra-vi-lho-so !!!!

Antes de perder a cabeça, pense bem: não há nada que valha a paz de espírito. Nenhuma ambição que compre a consciência tranquila. Dinheiro algum que compense a felicidade. Nem desejo que faça valer o desespero.

Talvez a tranquilidade seja só uma questão de consciência. De aceitação pura e simples. E deveríamos começar aceitando quem somos.

Mas há uma diferença enooooorme entre aceitar quem você é e acomodar-se a respeito das suas fraquezas: não há desperdício maior na existência do que alguém sentar-se sobre os próprios defeitos e esperar que o mundo se adapte. Não importa se seu motivo é o narcisismo ou a preguiça. O universo não se adaptará, e em resposta lhe dará a solidão.

A aceitação implica humildade, mas ser humilde está cada vez mais difícil e sem valor nesta sociedade consumista em que vivemos, na qual a grife vem valendo mais que a atitude, e as pessoas crêem em felicidade que se compra.

O deslumbramento chega a ser ridículo, já ultrapassou há muito os limites do cafona. Melhor tentar não perder a cabeça na crença de que somos deuses... e aptos a seguir errando vida afora, até dar com os burros n´água. Devemos, sim, é esforçar-nos para lutar contra nossa tendência natural ao erro. Recusar os convites sedutores da vingança, da vaidade, do egoísmo e da estupidez... lutar até o fim pra manter a cabeça em seu lugar.

Nada vale o sono sem tranquilizantes, o dia a dia bem vivido, a certeza de que estamos no caminho certo e de que nossa alegria não depende de nada, só mesmo da paz que temos dentro de nós.

Perder a cabeça? Só se for por paixão! E, assim mesmo, só na hora daquele beijo...

7 comentários:

  1. Mauro Pires de Amorim.
    Concordo com você e a tranquilidade é realmente questão de consciência, que aliás, é o grande diferencial na vida, começando, conforme você disse, com a aceitação de quem somos e que eu complento, com a aceitação também de quem os outros são, ao menos se temos pretenção de viver coletivamente.
    O deslumbramento, a empáfia, arrogância e egocentrismo são ridículos, pura demonstração de futilidade da pessoa que liga-se mais em rótulos e esteriótipos do que em quem realmente as pessoas são. Mas normalmente esse tipo de gente só tem olhos para sí, adorando criticar e apontar os defeitos nos outros, sempre nos outros, nunca adquirindo a consciência dos seus, pois para elas, elas se bastam, sendo o alfa e o ômega, o princípio e o fim de sua consciência.
    Quanto à mim, ao perceber alguém assim, afasto-me, sem nada dizer ou justificar, uma vez que se a palavra vale prata, por vezês o silêncio é de ouro, pois é melhor andar só do que mal acompanhado, eis que numa situação como essa, na verdade e no fundo, só podemos contar conosco mesmo.
    Felicidade e boas energias.

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  2. É, Mauro, você lembrou muito bem: tmos que aceitar as pessoas como elas são. E às vezes isso é dificílimo! Abraços e boas energias pra você também!

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  3. QueriDannemann...quase perdi a cabeça ao ouvir sua preciosa sugestão: Aumenta que isso aí é Tango!!!. Uma deliciosa ou divina audição para lavar, instantaneamente, a alma, com uma boa água de moringa:límpida e fresca. Merci.

    Já há bastante tempo, graças a Deus, só mesmo o que me faz perder a cabeça _no melhor sentido_ é a arte, a beleza, a inteligência, a sensibilidade, a gentileza, o prazer, a alteridade, a ética, a alegria, a justiça, e o bom gosto (infelizmente estão se tornando cada vez mais raros). Estas bem-vindas e maravilhosas bênçãos, tiram-me do "sério" e deixam-me quase em êxtase. Com muito esforço, leitura, aprendizados, observações meticulosas, experiências, muiiiiiiiiiitos aniversários... e claro, os benditos erros (sem repeti-los), aprendi a respirar fundo ou a controlar-me nas situações mais complexas .Deus, ainda bem, tem colaborado e evitado tragédias ou hecatombes ou Armagedons enquanto vivente rsrs... Graças a Ele, ainda não tive de com estes infortúnios lidar.Aprendi com minha mãe algo que levei fé e funciona até agora: não perca a linha jamais! Isto não significa que eu seja mosca morta ou lesma lerda... Indignação, desaprovação, discordância, críticas radicais aos inúmeros desalinhos destes tempos neoliberais:líquidos ou desfuncionais, fazem parte intrínseca da minha trajetória existencial. Luto contra as injustiças possíveis, sempre com o sangue mais frio que consigo (só não entro na luta, se, de antemão, estiver claro que perderei a batalha). Como a vida é, também, adversativa, em muitas situações o perder vale muiiiiiiiito mais do que ganhar. Aliás ganhamos a vida, para depois, inexoravelmente, perdê-la...e a cada dia a perdemos um pouco.Saber perder ou saber lidar é o pulo do gato (já escaldado...).Já notou que a maioria dos conflitos se transformam em competição insana para ver quem é o pior? Os melhores, em nível evoluucionista, sabem evitar.Sinceramente,destas vitórias vazias ou inconsistentes ou só como demonstração violenta de força, ou que machucam ou agridem nossa natureza... tô fora!

    Aceitação é, de fato, uma palavra salvadora. Podemos divergir sem conflitar, pois muitas visões, mesmo se (quase) opostas, podem caminhar juntas e sem prejudicar, (in)diretamente as partes envolvidas. O perigo está _ na minha modesta avaliação_ em ser compreensivo ou sensível demais e, então, tornar-se negligente e deixar o outro estagnado ou mal acostumado ou um repetidor de maus hábitos.
    Há, sim_ para quem busca harmonia e paz_ muitas coisas inegociáveis, imperdoáveis, ou de limites intransponíveis. Ainda acredito que o melhor modo de cuidar da gente e dos outros é não abaixar a cabeça para os monstros , neuras, desrespeitos e outros péssimos padrões que insistem em fazer morada no
    nosso "destrambelhado" psiquismo. Agindo assim_ sendo disciplinadores, com respeito, sensatez e não com autoritárismo ou prepotência_ não permitimos que a mágoa, a raiva, o ciúme, a intolerância, a ameaça e outros desacertos, deem as carts ou controlem as relações (neuróticas, por supuesto).
    Não é possível ser feliz sem o exercício da salutar e respeitosa convivência e a fundamental paz de espírito.
    Energias benfazejas, paz, alegrias, sorte e luz + beijão proce!!!

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  4. EstiMarcos... suas sábias palavras, como sempre, me caem como uma luva... melhor dizendo: como um vestido Versace! Aguaaaaaarde...

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  5. Ainda não tenho como nem porque discordar da melhor e mais charmosa blogueira que conheço. Pelo visto e lido, graças a Deus, Buenos Aires_ liralmente_ lhe trouxe bons ares, permitindo que a alma pendurada pós "bololo", continuasse enxuta e em ótima forma, fato inegável nest impeerdível post. Quanto às palavras do M. Lúcio _sei muito bem separar amizade de talento_ concordo com você sobre a evidente sabedoria dele, além de uma característica que julgo da maior importância: conseguir conjugar leveza com profundide, matéria onde ele é mestre . Só acrescento , por uma questão de preferência ou de brincadeira e nada mais que isto, que as palavras, como um vestido Prada ou um tailler vintage azul-marinho do incomparável e chiquérrimo Yves Saint Laurent, cairiam melhor ainda.
    Abraços do Danilo

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  6. Danilo... cheguei mesmo a pensar no Saint Laurent... e adoro Prada! Já vi, com este seu comentário, que você não só é um cara de estilo, como também "mui" (como diria nosso amigo ML), sagaz! Abraços!

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  7. Bonito texto, principalmente a parte, aceite-se,
    porém não fique esperando o mundo se adaptar à você.
    Sergio

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