sábado, 12 de janeiro de 2013

Oratória


O meu dizer não tem pelúcia

É todo dolo

E nas papilas só o fel deita o falar

Pela amargura que trago presa aos dentes.


Dom da palavra, maior mal do ser humano

Se passarinho eu fosse, ia cantar.

 (Fernanda Dannemann)



8 comentários:

  1. Pois enquanto passarinho
    A sua revolda, dor, amor
    Resume-se no suave carinho
    Do seu canto: um grito, um louvor.

    E o homem inteligente
    Com a forca da palavra
    Vai destruindo eternamente
    Valores em que acreditava.

    Inteligente eh o ser
    Que anulando da sua ira
    Num canto de passaro consegue ver
    O que esta cerca mas nunca via.

    ...............

    Nada como uma boa caipivodka para que a inspiracao abunde!

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  2. Fernanda,

    Infelizmente, verdade ......

    Adoro os passarinhos ..... lindos e livres, longe das gaiolas ...... bela foto !

    Beijos

    Gilda Bose

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    1. O flagrante foi do Migliaccio, Gilda, que como você e eu, também gosta dos passarinhos livres.

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  3. Considero a hipótese de quem aprisiona pássaros, projeta no mundo, seu próprio aprisionamento, nas palavras , vazias, presunçosas, agressivas...
    Caso passarinho fosse, creio que você seria um, de canto harmonioso , voando livre pelos céus da vida, não deixando-se engaiolar.
    ABraço e bom domingo.

    ANTONIO CARLOS

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    1. Deus me livre passarinho preso! Toda vez que vejo um, me dá uma vontade danada de soltar o bichinho... DETESTO gente que prende passarinho na gaiola!!! Se eu fosse passarinho, ia cantar adoidado, mesmo que desafinasse... olha que eu já canto todo dia no chuveiro...

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  4. Com a beleza do poema e da foto/poética, a querida "bloguetisa", dá vida às palavras do Reynaldo Jardim:"Todo poeta é um anjo, mas um anjo ensandecido. Todo poema, um arranjo entre o real e o sofrido; esconde em suas entranhas bálsamo e peito ferido".

    Se não estou equivocado, entendo que a gente precisa ter um controle bastante sólido sobre nossa reações, para evitar que as pessoas que desprezamos ou que consideramos "malfeitoras"...consigam saber dos nossos sentimentos mais íntimos (sentimentos devem ser bem administrados). A sabedoria popular diz: "o bom cabrito não berra". Quem consegue, usa de estratégia...pois certamente, como consolo, quase sempre haverá no futuro uma oportunidde para devolvermos-com equilíbio ou sensatez- as agressões e desagravos recebidos, em momento bem escolhido e adequado (maquiavelicamente rs).Sabe-se que "vingança" ou fazer justiça...é um prato que se deve comer bem frio!!!.

    Na hora da raiva, é melhor partir para a ironia, o sarcasmo ou o deboche, para não ficarmos competindo insanamente e tentando provar que podemos ser piores. Um erro não justifica outro e dois erros não fazem um acerto.Ainda creio que nossa verdade deve ser tratada como alguma coisa preciosa, que não pode ser oferecida para quaquer um "despreparado ou inoportuno" ...ainda mais nestes tempos neoliberais, tão mal educados, vazios, medíocres e infantilizados.Cruzes!!!A boa santa não desce do seu altar e a boa estrela não muda de lugar rs.

    Santé a axé!!!
    Marcos Lúcio

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    1. Bloguetisa???? Quem me dera... eu, assim como diz o Antonio Carlos, "cometo" umas mal-traçadas linhas de vez em quando...

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