quinta-feira, 25 de julho de 2013

Detalhes tão pequenos de uma viagem de férias...

EM BERLIM...

...há sempre um lugarzinho pra gente se sentar, nem que seja do lado de fora das vitrines de lojas e cafés...

 
 
 
Há campanhas contra o "made in China" e o "Made in India":
 


 

As pichações dão identidade à capital, em vez de sujá-la...

 
As obras de arte florescem inesperadamente...


As cervejas artesanais são engraçadas e deliciosas...

 
 

As ruas são limpiiiiiiiinhas...


Os "véinho" prendem seus andadores como se fossem bicicletas...


Os brechós parecem casinhas prontas pra gente entrar e morar:



A segurança é tanta, que a chave do escritório fica ali...


... bem ao lado da porta, e o ladrão não entra porque está em outro país!


O bom-humor bate à janela...

 
 

... e também anda de bike!


E as varandas são pura alegria por causa do sol!






EM PARIS...

O romance está no ar...



E as juras são eternas e brilhantes...



E sempre cabe mais um pouquinho de amor...



AH! A coleta seletiva é assim... (e olha como bebe-se vinho nesta terra...)


E sempre rola um show de música clássica de primeiríssima no metrô:

 
Até o Mc Donald´s é chique, e não tem essa de vermelho e amarelo não!


O carrinho de compras é inteligente e sabe subir escadas: tem três rodinhas!


As frutas vermelhas são roxas, de tão grandes!

 
Também existe bom-humor nas horas mais íntimas...
 
 
Por falar em escadas, elas são vertiginosas...


E as liquidações de verão, então... também dão vertigens!


Os doces são os melhores do mundo...


Assim como a omelete, que veio nadando no ovo... e deliciosa!

 
E nos restaurantes, os mictórios geralmente não têm portas!!!
 
 
 
EM LONDRES...

... a comida é maravilhosa (levei um susto: isso em cima da massa não é mussarela de búfala, é um ovo poché!)

 
 
Mas pedi um "breakfast inglês" e olha só o que foi que veio...



Uma das margens do Tâmisa é delícia de passeio: cafés, museu, sebo de livros, bancos pra namorar...


O metrô é sensacional: muitos vagões e tudo limpo, moderno e pontual... e te leva até pra Marte!


E já que Marte está no assunto, nem marciano chama a atenção na rua: ninguém repara em ninguém! (Só os turistas abelhudos e caipiras, é claro...)



A diversidade está por toda parte:



 
 
Inclusive na arquitetura, que é uma mistura de tudo...
 
 
 
E os garçons são sempre super simpáticos!
 
 
Há tanto pra se ver, que o negócio é procurar o melhor ângulo e lugar...


E a música é ótima!


segunda-feira, 22 de julho de 2013

O melhor da viagem é não ter medo de ladrão

Como bem disse o Migliaccio, no comentário do post anterior, andar pelas ruas sem medo de ser assaltado é uma das maravilhas de estar em lugares como Londres, Paris ou Berlim. Ainda mais pra nós, brasileiros, acostumados ao medo de uma violência iminente. Vou mais adiante e digo que isso tem a ver com uma questão muito profunda da sociedade, que é a maneira como lidamos com o dinheiro. E se tem uma coisa que diz muito a respeito de alguém, é justamente o modo como se relaciona com o “vil metal”...

É como sempre digo: quer conhecer uma pessoa? Coloque dinheiro na parada... acho que o mesmo pode ser dito a respeito de um povo.
Mas o caso é que nós, brasileiros da Silva, estamos sempre nos espantando em viagens à Europa, e não só com a paisagem, a comida, os preços... mas principalmente com situações como a que passei no teatro, em Londres: na hora do intervalo, a moça sentada ao meu lado foi passear e deixou suas duas bolsas na poltrona. Primeiro levei um susto e não acreditei; depois fiquei tão incomodada que passei a tomar conta das duazinhas, temendo que algum larápio se aproveitasse e eu depois levasse a culpa. Mas o fato é que ninguém tentou mexer em nada. E eu achei incrível.

E a palhacinha, em Berlim, que nos abordou fazendo palhaçadas e depois nos contou que faz parte de uma Ong tipo “Doutores da Alegria”? Quisemos dar-lhe um dinheirinho e ela recusou prontamente: disse que seu trabalho não é pedir doações, e sim convencer as pessoas a fazer visitas em hospitais.

 
Numa outra vez, em Paris, diante de uma rua deserta e comprida, perguntamos, à única moça que passava, se não era perigoso andar por ali àquelas horas... e agora foi ela quem se assustou:

-- Perigoso por quê?!

-- Assalto, ladrão...

Ela se surpreendeu:

-- Aqui não temos disso não.

E nós justificamos:

-- É que somos do Rio de Janeiro...

 E no parque? O povo dorme profundamente sem precisar se agarrar ferrenhamente às bolsas ou fazê-las de travesseiro, como até os mendigos fazem aqui no Rio, pra se precaver. Chega a ser até bonito de olhar:

 
E namorar às margens do Sena, até de madrugada, no escurinho, num lugar onde, teoricamente, o casal está totalmente desprotegido e à mercê do meliante? Lá, todo mundo namora sem medo.

 Outra coisa interessante é que ninguém parte do princípio de que você é ladrão. Nas lojas, é comum que os vendedores fiquem sentados numa cadeirinha, na calçada, curtindo o sol, e quando os clientes entram, eles continuam lá. A gente entra, mexe em tudo, olha, fuxica... e eles não demonstram a menor preocupação com roubo. Parece que, simplesmente, não lhes passa pela cabeça que algum gatuno possa entrar em ação dentro da loja. Uma beleza. Mas que nós, brasileiros, estranhamos... ah, isso sim!
Por falar em loja, em Berlim estava eu comprando uma calça, quando o rapaz do caixa não entendeu os 60 euros que botei em cima do balcão. Disse alguma coisa em alemão e eu fui logo deduzindo que o preço na etiqueta estava errado,  e que a calça custava mais. Ele então me explicou, em inglês, que eu tinha desconto de 50%. A loja estava em liquidação. Cá entre nós: se ele não dissesse nada, eu jamais saberia, mas a filosofia do Gérson não é coisa de alemão.

 E o metrô de Berlim? Não tem catraca. Você compra o bilhete num caixa eletrônico e guarda no bolso. Vez por outra aparecem uns fiscais dentro do vagão e pedem pra ver o seu bilhete. Se viajar sem pagar, leva multa. Mas taí outra coisa que eu achei estranhíssima! E pensei logo que aqui no Brasil este sistema não ia dar certo.




Ah, tem também os famosos 10% nos restaurantes. Lá, eles não vêm incluídos na conta. Você dá a gorjeta que quiser, e se quiser, e o garçon não faz cobranças, como já me aconteceu em Buenos Aires... aí lembrei do Rio, onde muitos restaurantes já cobram até 14% e ainda têm a cara de pau de botar também R$1 de contribuição a Ongs, mas sem dizer nada ao cliente... isso tá certo?!


 

Por fim, há a moedinha de 1 centavo, que por lá não é raridade. Eles sempre dão o troco certinho, sem arredondar pra cima nem pra baixo. Numa confeitaria, a moça estava enrolada com o troco e sugeri que ela fizesse como no Brasil, e me desse o troco em balas. Ela primeiro não entendeu. E, quando expliquei... ela deu gargalhadas. Ai, ai...