terça-feira, 18 de agosto de 2015

A feliz mulherzinha "das antigas"

Meu marido sempre diz que deve ser muito chato ser mulher, porque as demandas são muitas. Eu, particularmente, sou muito feliz com o gênero que Deus me deu, mas concordo que as demandas são exageradas mesmo. No fundo, acho que tudo se resume a ser uma boa administradora para que as coisas funcionem bem no trabalho, em casa, no corpo e na cabeça... e principalmente no coração.

Vejo por aí que em seu afã de independência, muitas mulheres se descuidam do amor. Deixam para depois, escolhem excessivamente o parceiro ou exigem demais dele; não se dedicam o bastante ao relacionamento ou simplesmente optam pela vida sem grandes sentimentos ou sobressaltos, preferindo a superficialidade dos namorinhos ocasionais para garantir sua liberdade (a tão duras penas conquistada, afinal!).

Mas fico pensando... quem foi que disse que o coração aprisiona? Por que ver no homem a figura de um carcereiro? O amor liberta! Não tenho vergonha de dizer que o amor tem lugar de honra na minha lista de prioridades, ainda que algumas amigas riam de mim e me considerem "mulherzinha das antigas", coisa menor...

Não tenho pudores em assumir que um relacionamento feliz é tão importante e necessário, para mim, quanto a consciência tranquila, a saúde e a independência financeira. E percebo que, no esgar do seu deboche, algumas mulheres concordam comigo, mas padecem da obrigação de bancar as autossuficientes.

Meu recado vai para elas: dêem-se uma chance. Uma pequena oportunidade, que seja, para que o amor seja um prato a mais, entre tantos, que vocês equilibram com cuidado em suas varinhas. Porque não há nada melhor no mundo do que desfrutar de um amor verdadeiro, daqueles que nos abrem para a vida e nos libertam de preconceitos herdados, que carregamos, a duríssimas penas, sem nem saber o porquê.