sábado, 28 de dezembro de 2013

A verdade é atemporal

Aqui em casa, os discos do Raul estão na estante ao lado dos livros do Quintana, do Pessoa, do Gullar, da Adélia Prado e do Maurice Druon, Thomas Mann e do Stefan Zweig, todos experts em falar do sentido da vida e da dureza do cotidiano, este que nos tritura e nos maravilha. Raul é poeta e filósofo, historiador e artista, talentoso e Zé-ninguém... tudo ao mesmo tempo, e ontem e agora... e é isso que fez e continua fazendo dele um cara tão especial, capaz de chegar tão fundo nos sentimentos universais.


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz Natal pra todos!

Marcou época na infância de muita gente, inclusive na minha, quando o Natal era ainda um acontecimento mágico... a gente vê o vídeo a viaja na lembrança; pena que o símbolo da TV Globo, no final, nos desperte do transe como um despertador barulhento, daqueles impossíveis de desligar. Nada é perfeito... nem nas recordações!

domingo, 22 de dezembro de 2013

Não deixe o crítico escolher seu filme por você!

Um filme é uma obra de arte tanto quanto um poema ou um quadro, e assim sendo, fica muito difícil decidir se gosta ou se não gosta a partir da opinião de outra pessoa. Concorda? O que Fulano acha lindo, Beltrano pode achar horroroso.

Há quem não aprecie Picasso, o que para alguns pode parecer o cúmulo do absurdo! Há quem não goste de Fernando Pessoa... e há quem acredite nas críticas dos jornalistas de cinema, e com isso perde grandes oportunidades de ser feliz. Cinema é o seguinte: a gente tem que escolher pelos atores e arriscar. Escolher pelo gênero é um perigo. Eu mesma já vi "drama" estar como "comédia" e vice-versa. Quer saber como eu faço? Compro minha pipoca e vou, mas se em quinze minutos o filme não me fisgar completamente, saio da sala e vou aproveitar melhor meu tempo tomando um sorvete. Realmente acredito que o diretor tem 15 minutos para conquistar o espectador, e se não consegue neste tempo, não vai ser em duas horas...
Mas no momento há quatro filmes que vou te contar... dão até vontade de ver de novo, coisa que vou fazer em casa, deitada na minha cama. Os dvds são uma das maiores invenções do homem, são ou não são?

Vamos lá: comecei minha jornada cinematográfica da semana com Woody Allen, apesar de a repórter especializada da revista "Veja" ter falado mal de "Blue Jasmine" e do desempenho de Cate Blanchett, imagine você, que o mundo inteiro sabe que foi feita para personagens de verdade...  sua Jasmine é tão triste no presente quanto azul no passado, uma mulher do seu tempo, pode-se dizer, um fino extrato daquela classe feminina que anseia por um casamento dos sonhos e ama o marido em segundo lugar, porque em primeiro vem o amor pela ostentação. Mas eis que amor e ódio andam lado a lado e quando o sonho rui... esta mulher se mostra com todas as suas fúteis fragilidades e amarguras quase infantis. Mas o filme vale também pelos demais atores, sobretudo o namorado latino e grosseirão da irmã pobretona (e independente e feliz)... e o que dizer da inveja de Jasmine, outro personagem que rouba a cena?



Depois fui ver “Capitão Phillips”, o único dos quatro que vi esta semana e que a crítica está aclamando. Não vou me deter em Tom Hanks porque ele dispensa comentários, só digo que a cena final é de uma veracidade impactante. A história real dos piratas somalis que tomam o navio americano e sequestram o capitão na pequena baleeira nos divide: torcemos para quem? Para os mocinhos americanos? Ou para os pescadores africanos esquálidos e em andrajos, forçados a piratear por mafiosos de seu país para que não sejam mortos junto com suas famílias e tribos?
“Capitão Phillips” tem a cena que diz tudo, quando o dito cujo diz ao pirata que há muitas outras maneiras de viver além de pescar e sequestrar pessoas. E ouve a seguinte resposta:

-- Talvez nos Estados Unidos.

O filme me fez pensar no Brasil e em um documentário que vi anos atrás, rodado do Morro Santa Marta, e no qual apareceu o menino que depois se tornaria o bandido Marquinho VP, dizendo que era desenhista e que não queria ser pedreiro, conforme o sistema lhe previa. Quantas pessoas entram para o tráfico por falta de opções melhores? Até que ponto ser pedreiro no Brasil é melhor do que ser pirata na Somália?





Aí veio a vez de “A vida secreta de Walter Mitt”. Bastou um segundo de trailer para perceber que Ben Stiller estava pela primeira vez em filme que não era idiota. E não é mesmo, embora mais uma vez o jornal tenha dado a dica errada. Trata-se de um remake (o que, para mim, não tira o mérito do filme) na forma de uma deliciosa metáfora sobre gente que, em vez de viver, imagina que vive; em vez de agir, sonha... e acaba entrando na onda, como o mentiroso patológico que acredita no que diz. Além das imagens lindas e do roteiro inteligente e bem amarrado, o filme mostra que as transformações pessoais são muito mais fáceis e indolores quando vêm de dentro... e que felicidade só é real quando é resultado do que somos. Não é um filme de arte, aviso, nem fita para ser levada a sério; mas uma ótima diversão que pode sim fazer pensar. (Por que será que algumas pessoas crêem que para fazer pensar o filme tem que ser uma obra-prima?).



Por fim, encerrei a semana pegando “O trem noturno para Lisboa”, por insistência de um amigo mala que já me indicou filmes-roubada algumas vezes. Neste aqui também o jornal está metendo o sarrafo, aliás. Fui ressabiada, mas adorei já de cara, quando Jeremy Irons, aquele ator mitológico, apareceu na tela com seu vozeirão, para mostrar um homem que não tinha nada a perder... e que teve coragem de recomeçar repentinamente. O pano-de-fundo é o Portugal de Salazar e a resistência, mas nada que quem desconheça a história portuguesa não vá acompanhar, porque este é um filme sobre idealismo, amor, generosidade, saudade e decepção. Tudo começa quando Irons salva do suicídio uma moça que ia se jogar do alto da ponte. Até o fim da história, quem salta da ponte é ele mesmo, só que ele salta para a vida!

sábado, 21 de dezembro de 2013

As pulgas de Buenos Aires

Buenos Aires também tem pulgas, e muito elegantes, tá? As mais abastadas vivem nas imediações da Plaza Dorrego, nos muitos antiquários da Calle Defensa. De uns anos pra cá, pulguinhas menos aristocráticas foram chegando e juntando-se nas lojinhas que se agrupam agora em prédios antigos e bem espaçosos, ou em galpões

 
Onde você pode até encontrar umas lanchonetes típicas do Boca para tomar um trago:
 
 
Por falar em elegância, saca só a elegância da catadora de papelão, que assim como as cariocas da Barra e da Zona Sul, ostenta sua bolsa Luis Vuitton! Mas a dela eu acredito mesmo que seja autêntica.


Mas voltando ao Mercado das Pulgas, ele fica em Palermo e funciona todos os dias. Ali vende-se de tudo, principalmente móveis, abajures e espelhos. Tudo é limpo, organizado... não rola preguiça na hora de caminhar pelo enorme galpão e escarafunchar todas as pequenas lojas. Não espere preços  muito convidativos...





Que tal um velocípede para o seu filho? (Se ele fizer pouco caso você bota pra enfeitar a varanda):



Palermo, aliás, é um bairro cheio de lojas onde é possível comprar objetos de decoração bem bacanas, como móveis novos ou reformados, peças de artistas ou colchas bolivianas que ficam lindas como tapetes. Esta eu adoro:


E já que o papo está por conta de comprinhas, indico umas outras lojas legais na cidade... onde não há pulgas, mas nem por isso o preço deixa de ser bom.

Quer anéis, pulseiras e brincos em prata argentina? Aqui tem coisas lindas, ó:


Livros e Cds? O Ateneo da Avenida Santa Fé, claro! E ainda rola um café com piano ao vivo ali no palco...


Aí tem mil coisas, de bolsas a tapetes, de jogos americanos a objetos de decoração...


Aqui, roupa para os rapazes vaidosos...

 
Buenos Aires Design tem cafés e lojas de decoração muito legais:
 
 
Esta loja é a melhor do lugar, a gente fica DOIDO!

 
Mas não se anime a ponto de comprar uma mala na Argentina para trazer as compras a mais para casa. Melhor fazer isso quando estiver nos Estados Unidos. A mala que comprei em Buenos Aires, certa vez, não durou nem o tempo de chegar em casa...
 
E, claro, na hora que bater aqueeeeeela fome. os seus amigos vão te chamar para encher a pança no famoso "Siga la Vaca", mais turístico... impossível. Eu prefiro comer com os argentinos, e vou para o Kansas, na Avenida Libertador. Olha só o ribs:
 
 
Alguns minutos depois...
 
 
Mas se você preferir alguma coisa mais light, vá ao Jardín Japonês, ali perto, um lugar lindo onde há um restaurante (pequeno) e muito bom, dá uma olhada:
 
 
 
Por fim, o que não pode faltar nesta sua viagem é uma caminhada diurna e outra, noturna, pelas grandes avenidas. A cidade é muito diferente à noite. Anota aí: Santa Fé, De Mayo, Callao, Pueyrredón, Las Heras, Córdoba, Corrientes, Nueve de Julio e Libertador.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Uma rodada pelos museus portenhos

Os apreciadores das artes podem se esbaldar em Buenos Aires quando o assunto é museu. O que eu mais gosto é o Xul Solar, que ocupa parte do prédio onde o dito artista morava, e onde podemos conhecer as obras surrealistas deste que é um dos maiores nomes das artes argentinas, e tão pouco conhecido no Brasil.

O museu é pequenino, mas tem uma cara moderna e conta com alguns objetos pessoais do artista, como seus cadernos e mesmo seu piano, cujas teclas eram coloridas. Não há uma lojinha, o que é uma pena, mas ali vende-se reproduções e coisinhas interessantes, como marca-livros e magnetos de geladeira com os desenhos de Xul Solar, além de uma coisa que eu adorei: saias de malha estampadas com seus motivos! Comprei uma, é claro!




Outro museuzinho simpático é o Evita, também num prédio antigo e não muito grande. Obviamente que ali tudo é feito para enaltecer a eterna heroína nacional, Eva Perón, cuja história é mostrada através de vídeos, fotos e guarda-roupa. Eu, pessoalmente, senti um clima meio macabro no ar, e sempre que volto é para ficar na cafeteria que fica no ao ar-livre: uma delícia tomar um café nas mesinhas sob as árvores. Há um restaurante também, aconchegante, mas de preços menos convidativos.

 

O Malba, que reúne obras latino-americanas, é outro passeio que não pode ficar de fora. No tamanho certo para não cansar, tem um acervo lindo, exposições que sempre valem à pena e um café delicioso, além de uma loja/livraria que vende peças originalíssimas, boladas por artistas plásticos. Sempre que vou lá compro um colar e um par de brincos... no mínimo!






E há o Museu de Belas Artes, outro que não é imenso e conta com salas coloridas e convidativas, onde sua coleção nos surpreende com peças de Picasso, Modigliani, Monet, Renoir, Degas... e a famosa escultura "O beijo", de Rodin, além de alguns dos desenhos de Goya (que a Inquisição espanhola não aprovou...)

 
 
 
 
 
 
 
Sem falar em outras coisas lindas, de artistas dos quais somos menos "íntimos", e nas exposições temporárias, sempre em cartaz. Pena que aqui não haja uma cafeteria e a loja não seja lá grandes coisas. Mas o acervo compensa, e além do mais Recoleta é ali mesmo... então cafés não hão de faltar ao seu passeio.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Miguel Ángel, o taxista ladrão

Vai a dica valiosíssima para o turista em Buenos Aires: nunca, never, jamais pegue um táxi daqueles que ficam parados nas esquinas dos pontos turísticos, à espera dos passageiros. Não me refiro aos pontos de táxi, é claro, mas sim àqueles senhores que ficam ali de butuca, verdadeiros predadores de incautos.

Sabidamente os táxis portenhos não gozam de boa-fama; são internacionalmente conhecidos pelo talento que têm para devolver o troco em notas falsas. Obviamente que esta turma é minoria. Morei por quase três anos em Buenos Aires e tive o desprazer de ser roubada por um taxista somente duas vezes. Meu marido, uma vez só, sendo que anos mais tarde conseguiu a proeza de entrar no carro daquele mesmo motorista que o havia roubado... e não é que o digníssimo sr. tentou lhe aplicar o mesmíssimo golpe outra vez?

Mas o caso é que desta vez cometemos o erro de entrar no "coche" do rapaz simpático chamado Miguel Ángel, veja você, e justamente para uma corrida longa. Enquanto ele bancava o Speed Racer, voando pelas avenidas com onda verde, percebi que o taxímetro voava mais depressa ainda. Meu marido, homem de bom coração, não acreditou em mim quando lhe dei um toque de que o motorista bom-papo estava nos roubando. Para disfarçar, ele nos vinha com chorumelas do tipo:

-- Sabés que trabajo en las calles desde hace 15 anos?
Ou:
-- Hay en la ciudad una feria de dibujos muy linda!

Em resumo: a corrida que deveria custar em torno de 70 pesos saiu por 130. Mas ele foi além: já com o pagamento nas mãos, pediu-nos para trocar aquela nota de cem, porque nela havia escrito um nome de mulher e um número de telefone. Alegou que sua cooperativa não aceita notas com rasuras. Agindo sem pensar, demos-lhe uma outra nota. Imediatamente meu marido desconfiou do golpe, mas aí já era tarde, pois o dinheiro já estava nas mãos dele, a nota falsa nas nossas mãos e uma discussão em andamento dentro do carro.

O caso é o seguinte: o que fazer quando se é um estrangeiro e o taxista local se aproveita disso para roubar?  Uma situação parecida nos aconteceu em Verona, na Itália, e também ali não tivemos como nos defender, porque esta é uma causa perdida para o turista, a menos que ele esteja disposto a perder um dia na delegacia e talvez até a estragar o passeio.

Para evitar aborrecimentos, o melhor é conhecer bem as notas e aprender a identificar as verdadeiras. Na Argentina, por exemplo, as de cem e de 50 possuem adesivos holográficos. Ao pagar o taxista, segure a nota e mostre-a a ele, perguntando se há algum problema; só depois que ele concordar que não, entregue-a a ele. Não dê papo a motoristas muito simpáticos, porque eles sempre usam a conversa como preâmbulo para o roubo. Também é bom evitar pagar com notas de cem, mas saiba que eles não se limitam a roubar as mais altas. Comigo aconteceu de o motorista-mágico transformar uma nota de vinte pesos em uma de dois.

Mas meu último conselho é o seguinte: caso aconteça com você o que aconteceu conosco, não estrague o dia nem a viagem por causa disso. Não deixe que um ladrão acabe com a alegria das suas férias. Todo ladrão, certamente, um dia há de encontrar um outro mais ladrão que ele mesmo, e então a justiça será feita.


Se te passarem esta, não aceita não!!!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O verdadeiro espírito do tango

Quando o assunto é tango, a turistada em geral acaba na plateia de shows monumentais e caríssimos, cobrados em dólares e feitos na justa medida para o gosto do freguês, ou seja, aqueles espetáculos imensos e que chegam até a contar com cavalos no palco...

Isso me fez pensar no antigo show das mulatas do Sargentelli, que no Rio, anos atrás, atraía os estrangeiros devido ao seu carnaval fora de época e com mulheres espetaculares. Mas o sambinha de verdade, que o carioca gostava de curtir, passava bem longe dali.

O mesmo ocorre em Buenos Aires: há o tango para o turista e o tango para o portenho, e eu prefiro e indico aos amigos a segunda opção. Uma delas acontece todas as noites no Café Tortoni, a versão argentina da nossa Colombo. Ali há dois teatros pequeninos, com palco pequeno e plateia idem, onde os espetáculos são mais intimistas e infinitamente mais baratos que as grandes produções.  A plateia é acomodada em mesinhas para quatro pessoas e pode comer e beber antes do show. A comida é ruim, vou logo avisando, e cara; mas o musical é sempre bonito de ser ver, além de ser gostoso ter os artistas ali pertinho da gente, muitas vezes improvisando, o que é bem legal.

Desta vez, o tango que vi foi no teatro também pequeno (e super confortável) do Centro Cultural Borges, que fica no mesmo prédio da Galeria Pacífico, na calle Florida (o templo do consumo turístico, e por isso mesmo onde se concentram lojas nem tão boas assim, e onde tudo custa mais caro).

Se você estiver a fim de ver o tango que os argentinos preferem, opte portanto pelas produções mais modestas. Estas é que revelam o verdadeiro espírito da coisa.



A boa dica é a seguinte: dê um pulo na Galeria Apolo, na Avenida Corrientes, e vá à loja Cartelera, onde é possível obter informações sobre a maioria dos espetáculos teatrais em cartaz e, melhor ainda, conseguir ótimos descontos.



Quem domina o espanhol pode e deve se avenurar às peças, e quem não domina pode simplesmente curtir os musicais, sempre lindos, com figurinos luxuosos, música e ambientação de ótima qualidade. Opções é o que não falta...








segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Domingo é dia de Santelmo

Sim, Buenos Aires tem uma outra feira imperdível, esta mais conhecida dos brasileiros. É a feira de Santelmo, na Plaza Dorrego, onde há uma grande concentração de barraquinhas de antiquidades.






Ao redor da praça há os bares, que oferecem excelente visão do movimento a partir das mesinhas nas calçadas ou das janelas do segundo andar...



As ruas próximas, principalmente a Defensa, é tomada por barracas de artesãos, e muitas das lojas abrem suas portas, assim como cafés e restaurantes.

Mais uma vez, aviso: aqui a gente sempre encontra alguma coisa linda pra comprar. Houve época em que colecionei óculos vintage, por exemplos, todos comprados de uma senhora cuja barraca já não existe mais. Hoje não resisti e comprei um colar de três voltas, todas de pedrinhas azuis de vidro.

Como é que a gente vai conseguir escolher um anel ou colar nesta loja?


Há os ateliês e boutiques alternativas, que vendem trabalhos de artistas diversos. Uma saia-calça comprida, de tecido leve, me custou 55 reais. Se fosse no Rio...


E há também os segredos ocultos em prédios antigos, onde muitas lojinhas se instalam e os jardins sempre convidam para um descanso.


E é aí mesmo que aparecem os desenhistas de plantão, prontos para uma caricatura rápida e a preços módicos. Este é o senhor Salvador, fotografado no momento em que me desenhava:


Olha o que estes tais prédios antigos nos reservam:




As lojas~moderninhas não ficam de fora, é claro...


E tem o show de tango, ao vivo e à cores, no meio da praça... mas olha este dançarino, que homem lindo! Os argentinos, aliás, são um show à parte nesta cidade, porque quando resolvem ser bonitos... sai de baixo!!!



Para espantar o calor, nada melhor que um suco de laranja feito na horinha... delícia!


Desta vez ando reparando que os lugares que já eram legais, em Buenos Aires, estão ainda melhores, e a Feira de Santelmo é um exemplo; está crescendo de forma organizada e ficando cada vez mais legal. E há uma outra mudança que me parece sintomática, que é o fato de que, hoje, um brasileiro já começa a poder exercer por aqui seu talento para pechinchar, coisa que até poucos anos ofendia os portenhos, que preferiam perder o cliente a negociar seu preço. Nos restaurantes, observo que os garçons da velha-guarda, geralmente mal-humorados com a brasileirada, estão entrando em extinção. Os garçons jovens são extremamente simpáticos e a maioria fala português, língua que vem ganhando espaço na capital. Tudo isso me faz pensar que o turismo crescente por estas bandas está fazendo de brasileiros e argentinos dois povos cada vez mais hermanos.